Por que a Ressaca Aumenta o Tesão e a Vontade de Gozar?

Descubra como fatores hormonais, psicológicos e biológicos explicam o aumento do desejo sexual durante a ressaca

Ressaca: Fenômeno do universo adulto que mistura dor de cabeça pulsante, boca seca e uma pitada generosa de arrependimento. Você mal acorda e já começa o checklist mental: “Por que eu bebi tanto?”, “Cadê minha dignidade?”, e, surpreendentemente, “Por que eu tô com tanto tesão assim?”. Pois é. Em meio ao caos de um corpo que só quer água e uma cama, a vontade de gozar surge como uma estrela solitária na escuridão. E, acredite, isso tem uma explicação científica — e um toque de comédia, porque eu estou aqui.

Os efeitos da ressaca no corpo podem influenciar diretamente no aumento do desejo sexual.
Os efeitos da ressaca no corpo podem influenciar diretamente no aumento do desejo sexual.

1. Hormônios Fora de Controle: Um Carnaval Biológico

Imagine que o álcool é aquele parente que chega na festa da família e transforma o ambiente tranquilo num verdadeiro Carnaval fora de época. Ele não respeita limites e resolve bagunçar tudo, inclusive seus hormônios. O grande alvo dessa bagunça? A testosterona, que, convenhamos, é o combustível do tesão.

  • Durante a bebedeira, os níveis hormonais variam mais que o humor de quem acabou de levar um fora.
  • Depois, quando a ressaca chega, o corpo está tão desregulado que faz de tudo para encontrar um equilíbrio. Resultado? Picos repentinos de testosterona, te jogando numa montanha-russa hormonal que grita: “Vamos transar ou o quê?“.

Além disso, o cortisol, o famoso hormônio do estresse, também entra na dança. Ele sobe quando você tá mal (o que na ressaca é sempre) e, ironicamente, isso pode aumentar o desejo sexual como uma forma de alívio. Ou seja, o corpo basicamente diz: “Já que estamos na merda, bora fazer algo divertido“.

2. Efeito Rebote da Dopamina: O Cérebro Quer Festa

Se tem uma coisa que o álcool faz bem, é bagunçar a dopamina, o neurotransmissor responsável pelo prazer. Durante a noitada, cada gole no copo dá aquele up momentâneo na dopamina, te fazendo acreditar que você é invencível, irresistível e talvez até um ótimo cantor de karaokê.

  • O problema é que, assim como a diversão, o efeito não dura pra sempre.
  • No dia seguinte, os níveis de dopamina despencam como a conta bancária depois de um cartão estourado no bar.

E o cérebro? Ele entra em modo de desespero e tenta desesperadamente restaurar a sensação de prazer. Como? Aumentando a vontade de atividades que disparam dopamina rápido — e aqui entra o tesão descontrolado. Gozar vira praticamente um atalho para a felicidade, uma tentativa desesperada de o cérebro dizer: “Tá tudo bem, amigo“.

3. Desidratação e Corpo Sensível: Quando Tudo Parece Mais Intenso

Se a ressaca fosse um filme, desidratação seria o vilão principal. A boca seca, a sensação de que a alma foi sugada, os olhos inchados — tudo isso é obra do álcool transformando seu corpo numa versão humana do deserto do Saara.

Agora, o que pouca gente percebe é que essa desidratação também deixa a pele mais sensível e o corpo mais receptivo ao toque. Por quê? Porque seu organismo já tá gritando por socorro e qualquer estímulo acaba parecendo mais intenso.

  • A pele fica mais propensa a sentir prazer.
  • Cada toque, cada esfregada, parece amplificado.

Em outras palavras, é como se o álcool tivesse colocado uma lente de aumento no seu sistema nervoso, e, de repente, você tá aí, achando que tudo é um convite para gozar. O engraçado é que, no meio de tanta miséria física, o corpo resolve transformar a sensação de toque em um espetáculo. Vai entender.

4. A Culpa e a Busca Por Conforto Imediato

Agora vamos falar da culpa, aquele sentimento que acompanha a ressaca como arroz e feijão. Você acorda e, antes mesmo de abrir os olhos, a lista de arrependimentos já começa a desfilar na sua mente:

  • Por que eu mandei mensagem pra ex às 3 da manhã?
  • Quem deixou eu postar aquilo nos stories?
  • Era mesmo necessário cantar evidências no bar?

A culpa, meus amigos, é o equivalente emocional de um saco de tijolos. E, para se livrar dela, o cérebro começa a buscar recompensas imediatas — algo que faça você se sentir bem agora mesmo. E o que é mais imediato do que sexo ou masturbação? Pois é.

Gozar vira quase um botão de reset emocional. É como se o cérebro dissesse: “Se eu fizer isso, talvez eu esqueça os vexames da noite passada.” Spoiler: não esquece, mas pelo menos dá um descanso momentâneo da vergonha.

5. Resquícios do Relaxamento Social: Aquele Eco Persistente

Você já percebeu que o álcool transforma até o mais tímido dos mortais numa espécie de celebridade confiante? Durante a bebedeira, o álcool derruba as barreiras sociais, reduz inibições e ativa aquela versão sua que acha que é o centro das atenções.

Agora, quando a ressaca chega, a festa acabou, mas os ecos dessa desinibição ainda estão lá. O corpo ainda se lembra daquele estado de “eu sou o rei do mundo”, e isso pode explicar por que o desejo sexual fica tão à flor da pele.

  • Não é que você ficou mais confiante durante a ressaca; é que ainda tem um resquício de álcool no sistema dizendo: “Vai lá, campeão, você consegue!
  • Resultado? Você se pega pensando em transar como se fosse a solução para todos os problemas (spoiler: não é, mas ajuda).

E O Que Isso Tudo Significa?

No fim das contas, o aumento do tesão durante a ressaca é um mix caótico de hormônios, neurotransmissores e emoções. É o corpo tentando desesperadamente equilibrar as coisas enquanto sua cabeça grita “NUNCA MAIS VOU BEBER ASSIM”. Mas o que realmente acontece é que, no meio de toda essa confusão, gozar parece a resposta mais óbvia. E quer saber? Talvez seja mesmo.

Então, na próxima vez que você acordar depois de uma noite de bebedeira e sentir aquele tesão incontrolável, lembre-se: você não está sozinho. É só seu corpo tentando resolver a bagunça que o álcool deixou. E, olha, com todo respeito à ciência, mas até que ele tem uma lógica interessante.

Agora, só não use isso como desculpa pra sair bebendo todo fim de semana, tá? Afinal, a ressaca pode até aumentar o tesão, mas não faz milagres pela sua reputação (ou pela sua saúde).

Carla Canalha

Carla Canalha é uma mulher empoderada, destemida e sem papas na língua. No Canalhas de Salto, ela aborda de tudo um pouco: dicas de relacionamento, saúde e bem-estar, tendências de entretenimento e, claro, as mais picantes orientações sobre sexualidade – porque, quando o assunto é sexo, Carla não foge da conversa. Com um olhar moderno e sem julgamentos, ela guia seus leitores e leitoras por temas que despertam autoconfiança, exploram novas possibilidades e ajudam a viver a vida de forma plena e descomplicada. Sua missão? Inspirar, informar e deixar claro que o prazer é uma parte essencial do bem-estar.

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